Às vezes me pergunto o que realmente sei sobre a vida. Tenho 45 anos e já vivi mais de 50% do que tenho a viver, levando-se em conta a expectativa de vida de um brasileiro de classe média alta. Estudei muito, e ainda estudo, li muito e ainda leio, mas menos do que deveria, tento me informar o máximo possível sobre tudo o que acontece ao meu redor, em Salvador, na Bahia, no Brasil e no mundo; e ainda assim, a velocidade em que novas informações surgem me deixa inseguro sobre o que realmente sei.
Mas se eu estou inseguro sobre o que sei imagina sobre o que não sei. Eu sei que não sei de tantas outras coisas que eu gostaria de saber. Muito mais até, do que sei. Queria saber de tanta coisa mais que não sei, e sei que não sei. E isso me frustra. Querer saber o que não se sabe. Aprender o que ainda não aprendi! Queria saber sobre buracos negros, quasares e pulsares (acho que escrevem assim), antropologia, cultura egípcia e maia e inca e asteca, queria saber como se faz um molho de mostarda, e por aí vai.
Mas isso não é o mais frustrante. Ainda temos um dilema pior.
E aquilo que não sabemos que não sabemos? Imaginem a quantidade de informações, coisas, fatos, ciências, histórias, fenômenos, etc. que não temos idéia que existem, ou se mesmo existem. Por exemplo: será que existe um elemento químico que seja ao mesmo tempo sólido e gasoso?
Não saber que não sabe é o cúmulo da ignorância. E eu não quero ser ignorante! Eu quero saber, conhecer. Eu preciso disso. O homem precisa disso. Mas é impossível. Pelo menos hoje ainda é. Será que um dia saberemos de tudo, ou no mínimo, saberemos de tudo inclusive daquilo que não sabemos?
49 anos, brasileiro, separado, dois filhos, formado em economia e mestrado nos EUA, Professor de economia e matemática no ensino superior e médio. Meu pensamento econômico situa-se à direita do centro, enquanto meu pensamento filosófico está à esquerda do centro. Filho de dinamarquesa e pai brasileiro de origem alemã. De acordo com o IMC (Índice de Massa Corpórea) sou obeso, mas considero-me um gordinho sexy, inteligente e com uma visão e opinião sobre tudo e todos, inclsuive eu mesmo!
Vixe, que confusão!
ResponderExcluirParece aqueles diálogos de Sócrates que eu lia nos livros do Platão na minha adolescência hehe
Realmente, 75 ou 80 anos é muito pouco para se conhecer todas as coisas, tanto as conhecidas como as não conhecidas!
Na verdade, por mais longa que consigamos vislumbrar uma vida, ela é ainda muito curta para um aprofundamento na imensa riqueza de conhecimentos existente no mundo.
Mas não se preocupe com isso, por isso que na música Infinite Dreams do Iron Maiden, do album Seventh Son Of A Seventh Son, Bruce Dickinson canta assim:
"There's got to be just more to it than this
Or tell me why do we exist
I'd like to think that when I die
I'd get a chance, another time
And to return and live again
Reincarnate, play the game
Again and again and again..."
Abraços!
Ou seja, se a cada "again" desse você agregar uma coisa nova, após alguns "agains" você estará na plena posse de um conhecimento bem abrangente a respeito das coisas!
ResponderExcluirAbraços!